Ressuscitou a meados de Maio de 2004. Continuará a focar o seu conteúdo no mais xungoso, desde A Paixao de Cristo até ao Último Samurai... Crítica free-style! contacto: cinemaxunga@gmail.com

domingo, maio 16, 2004

Visitor Q (2001)

Visitor Q Sinopse: Preparem-se que vão gostar deste... Tudo começa com um tipo nervoso que se prepara para ir para a cama com uma miúda (novinha). É tudo filmado com uma câmara amadora num ambiente quase "amateur porn". Depois de algum tempo percebe-se que o homem é pai da miúda. É um antigo apresentador de um programa de reportagens de choque que pretende voltar ao activo com uma reportagem dele a comer a própria filha. Depois, quando sai do quarto é atingido na cabeça por uma grande pedra. A caminho de casa, depois de regressar do hospital é novamente atingido na cabeça por uma pedra ainda maior. Num ambiente surreal, o tipo que lhe racha a cabeça acaba por ser convidado para casa da vítima onde convive como uma visita de honra (visitor q). Depois é uma sequência deste género: o filho bate na mãe de uma maneira bem violenta. Esse mesmo filho apanha porrada todos os dias dos amigos da escola. A mãe droga-se com heroína. O prazer sexual da mãe é esguichar leite das suas proprias mamas. O pai quer fazer uma reportagem do próprio filho a apanhar dos amigos e acaba por matar a sua assistente de produção no processo. Depois tem sexo com essa assistente morta e fica com o penis entalado dentro dela, por consequencia do rigor mortis. O pai e a mãe matam os inimigos do filho a golpes de chave de fendas e motoserra. Ah, e tem um final feliz... Esqueci-me de uma coisa. A razão pela qual ele foi despedido do programa de TV foi um programa em directo no qual os entrevistados lhe enfiaram um microfone no cu... É japonês, só podia. Não parece fazer sentido, pois não? Também achei o mesmo.

Crítica: Que os japoneses são dados a taras estranhas, já todos sabemos. Basta ver o hentai ou o famoso japanese Bukake (não me perguntem o que é isto, usem o google). O mais impressionante neste filme, é que começa como um quase reality movie e acaba numa comédia surreal. E olhem que não tem passagens bruscas. É smooth.

O realizador, Takashi Miike, é famoso por fazer este tipo de filmes choque. Não conhecia, mas também não pretendo ver mais nenhum. Na questão da representação, continuo com sérias dificuldades em avaliar a performance de actores japoneses. E acreditem que já vi bastantes filmes nipónicos. Talvez haja uma falta de identificação qualquer com a cultura, o certo é que me parece tudo forçado. Depois há a qualidade de imagem. Não sei se será do sistema de conversão filme/DVD, ou do sistema estranho de TV deles, mas parecem-me sempre de um azul desbotado. A trabalho de câmara é horrendo, numa tentativa de imitar o estilo "acção real com camara na mão". A fotografia... Bem a fotografia é uma merda. Basicamente é uma sucessão de situações absolutamente ridículas que penso ser com a intenção de chocar. Não sei...

A classificação da MPAA é "Rated R for strong aberrant sexual and violent content, language and drug use", o que o pode tornar interessante ao incauto cinéfilo que está numa fase de "cinematografias alternativas. Todos sabemos que a MPAA é gerida por Neo-conservadores Busheanos que penalizam mais que alguns centimetros quadrados de pele, mas aqui penso que se aplica.

Pontos altos: É estupidamente imprevisível. Acaba por ser mais interessante do que ver as telenovelas da TVI. É curto...

Pontos baixos: Qualquer um de vocês não aguentaria mais do que 0,5 segundos num processo de zapping. É tudo mau, mas daquele mau que até é interessante de tão mau.

Veredicto: Penalizar as importações japonesas com a duplicação dos impostos alfandegários...