Ressuscitou a meados de Maio de 2004. Continuará a focar o seu conteúdo no mais xungoso, desde A Paixao de Cristo até ao Último Samurai... Crítica free-style! contacto: cinemaxunga@gmail.com

segunda-feira, maio 31, 2004

Darkness Falls (2003)

Darkness Falls (2003) Sinopse: O espírito de uma senhora assassinada injustamente ataca um subúrbio americano qualquer sob a forma da... Fada dos Dentes! Uma criança sobrevive ao ataque, mas os seus pais não. A criança, agora crescida, tem que lidar com o regresso da Fada dos Dentes para salvar outro puto que sofre das mesmas maleitas.

Crítica: Há um factor comum nos filmes de terror que até é compreensível: a explicação do caso à polícia. Normalmente alguém é atacado por espíritos, zombies, canibais, bactérias, lobisomens, vampiros, gnomos, animais mutantes, monstros pré-históricos (coisas do dia-a-dia) e quando vai à polícia contar o que aconteceu, eles atiram-se ao chão e rebolam-se a rir. Nessa altura, nós ficamos indignados, porque achamos que os polícias são maus. E porquê? Porque na nossa previligiada posição de espectador nós sabemos que aquilo é verdade. Mas existe sempre um polícia que acredita e normalmente é para tentar comer uma gaja do grupo das vítimas. Ou seja, a polícia tem razão. Porque haveriam de acreditar em tamanhas aberrações? Mas depois, essa mesma polícia não acha estranho, no final dos filmes, aparecerem sempre chacinas com milhões de corpos. Nunca vi em nenhum filme desses os heróis a desculparem-se e a dizer "Sabe senhor Polícia, eu matei realmente 275 pessoas, mas não se preocupe porque eram zombies...". E o polícia diz "Ah, que susto! Então não há problema, está tudo explicado".

O tema deste filme sugere uma falta de imaginação atroz, um ripoff ao Freddy Krueger. A Fada dos Dentes, apesar de ter sido criada por Stan Winston, não é mais do que uma tipa magra, vestida com mantos pretos rasgados e com uma máscara de porcelana pintada a guache, ao estilo de pigmeus da Nova Guiné. A pobreza cinematográfica arrasta-se ao longo deste desfile de clichés para acabar com uma cena num farol, em que a Fada (agora típica bruxa de conto de fadas) esvoaça ocasionalmente, em efeitos especiais CGI renderizados por um 486 com 8 MB de RAM.

Este filme é tão mau que os créditos finais correm durante 11 minutos para dar a duração de longa-metragem. Isso significa que nem uma única cena foi deixada de fora. Toda a merda foi aproveitada e aposto em como ainda filmaram mais uns minutos de nonsense para esticar aquilo mais um pouco. Todo o filme deve ter sido filmado à primeira, porque um metro de fita, parecendo que não, ainda é caro.

Pontos altos: Os créditos finais (11 minutos) especificam bem toda a equipe envolvida no filme e a velocidade lenta com que passam permite procurar um amigo ou familiar que possa ter aparecido no filme, mesmo como "responsável por procurar a melhor relação qualidade/preço em legumes para a dieta especial do motorista que é diabético" ou "dactilógrafo contratado em part-time com pagamento a roçar o zero, cujas funções também passavam por sevícias sexuais ocasionais".

Ponto Baixos: Estive a falar sozinho ali em cima na crítica? Se vieram directamente para aqui, façam favor de ler lá em cima onde diz "Crítica:".

Veredicto: Filme bom para quem gosta de ler créditos finais.

sexta-feira, maio 28, 2004

Top 10 - Piores adaptações de séries de TV

1- Scooby Doo
2- Wild Wild West
3- Masters of the Universe
4- Charlie's Angels
5 - X-Files
6 - The Saint
7 - The Avengers
8 - Jackass
9 - Lost in Space
10 - Mission Impossible

Isto claro, enquanto não aparecerem os 3 Duques, Knight Rider, Dallas, A-Team e outros títulos que levam já o carimbo de xungão sem direito a culto... Eu não gosto que mexam com as minhas memórias de infância e juventude. Há uns tempos vi 2 ou 3 episódios da Galactica (os antigos, não a nova mini-série) e uma parte das minhas agradáveis recordações foram barbaramente chacinadas, tal o horrível que me pareceu a série neste visionamento.

Se alguém se lembrar de mais algum, digam qualquer coisa que eu meto em adenda.

quinta-feira, maio 27, 2004

Os títulos
Traduções e adaptações: Case Study

Faço aqui um apelo pungente a quem me estiver a ler (e que saiba a resposta), para me explicarem como é o processo de traduzir e adaptar um título de um filme para português... Seja quem for a pessoa, instituição ou sociedade secreta, quero dizer-vos aquilo que todos os portugueses que sabem ler já conhecem - ESTÃO A FAZER UM MAU TRABALHO. Eu sei que não nem sequer olham para o filme, mas pelo menos podem ler a sinopse (ou pedir ajuda à distribuidora) antes de assassinar um filme logo no título.

Os exemplos de pululam por aí, mas eu vou fazer aqui um esforço mental e lembrar-me de alguns. É difícil, porque eu estou-me completamente a cagar para o título em português e é frequente estar a ver bilhetes de cinema antigos e pensar: "Que filme é este?".

Case study: Quando saíu o primeiro Die Hard, os nossos atarracados tradutores, sentados nas suas cavernas onde dormitam, pensaram: "Bem, isto tem um prédio na capa... E é ladroagem de certeza! Vamos chamar Assalto ao Arranha-Céus. Isso mesmo, genial! Assalto ao Arranha-Céus.". Logo aqui um erro complicado. Enquanto o título se baseia no personagem de Willis, a adaptação rançosa dá highlight à acção dos assassínos sanguinários maus como as cobras. Ao não perceber esta opção estética, os tradutores (únicos funcionários públicos da censura que sobreviveram o 25 de Abril) destroem completamente o esforço criativo de dezenas de cérebros que pensaram no título. Ou seja, passou-lhes tão ao lado como uma bala de Mr. Magoo.

Depois as coisas complicaram-se com a continuação: Die Hard 2. E agora, velhos? Como descalçam esta bota? Não estavam à espera, pois não? Já não há arranha céus... E sabem porquê? Porque o herói é o Bruce Willis, não são os ladrões... Assalto ao Arranha-Céus 2 não podia ser. Não havia arranha céus. E nem assalto. Ora bem... Assalto ao Aeroporto... Ficou resolvido. MAL resolvido.

Depois no terceiro em que havia mesmo um assalto, ficou com o título Die Hard, a Vingança. Pois... Fico-me por aqui!

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segunda-feira, maio 24, 2004

Van Helsing (2004)


Van Helsing (2004)Sinopse: Um agente hiper-secreto, arraçado de super-heroi, parte para a transilvânia para caçar Drácula. Por lá tem que se ver a contas com o lobisomem e dar uma perninha ao monstro de Frankenstein. Pelo meio ainda tem tempo para um engate e descobrir o segredo da sua própria existência.

Crítica: Post do cinema xunga daqui a 100 anos: "Agora que se revive uma onda de usar humanos em filmes, faz hoje 100 anos que o pioneiro desta técnica estreou. Val Helsing. Primitivo, certamente, mas o uso minimalista de humanos fez dele um clássico, lado a lado com o volume 17 de Star Wars e o Porky's 2076, feito com porcos de verdade... " . Não estou certamente longe da verdade ao colocar aqui a minha costela de futurologista, mas o certo é que o excesso de gráficos de computador tornou um filme num ode às texturas de plástico, e nos momentos em que passei acordado, procurava desenfreadamente o meu joystick.

Fazendo sempre uso de um ritmo bastante acelerado, o cérebro dos inocentes espectadores começa a trabalhar no modo "dormente", sendo que cada vez que aparecem diálogos (entre uma ou outra explosão), toda a gente reclama com um sonoro "Booooring!". Claro que é um filme pensado segundo o conceito "o trailer diz tudo" ou "vamos colocar as falas no meio da porrada, para não quebrar o ritmo". Uma estatística da universidade regional de Witchita do sul diz mesmo que são consumidas o dobro das pipocas neste filme, devido ao aceleramente cardíaco e consequente aumento do ritmo de mastigação.

Confesso que neste tipo de filmes sinto sempre uma perfeita admiração pela equipa técnica responsável por transformar em verdade todo aquele imaginário que sai dos storyboards. Não sinto admiração nenhuma pela equipa de realização, produção e actores... As personagens são de um vazio absoluto. Val Helsing, que para mim será sempre Wolverine, é um estereotipo quadradão. As suas piadas e falas de durão são de meter os dedos à boca e aquele aspecto de "eu sei tudo e safo-me sempre" dá vontade de lhe arrancar a barba à chapada. A estrela feminina também não é lá grande presença. Mas é bonita e bem feitinha. Aliás, foram essas características que safaram Underworld de ser um completo falhanço. O sidekick, um frade consumido de tesão, é uma fonte seca de piadas.

Drácula merecia uma melhor performance e uma construção decente de personalidade (ou falta dela). O aspecto romântico e invencível foi substituído por um drácula fraco, artificial e nada assustador. As suas noivas deviam ter continuado na mansão Playboy com Hugh Hefner. O lobisomem arrasta-se ali indignamente à espera de ser usado no fim. E por falar em fim, há ali um pedaço de filme em que o continuum espaço temporal pára, pois aquilo que deveriam ser 12 segundos extende-se por uns bons 5 minutos. Coisas de filmes xunga...

Filmado em 4 dias e com 2 anos de pós-produção, Van Helsing é vazio de conteúdo, sendo apenas um delírio visual com excessos de artificialismos digitais. A interacção entre os digitais e os orgânicos não convence. Tudo pode ser perfeito, mas acredito que um actor não pode fazer um trabalho decente a actuar frente a um quadro verde. A narrativa é zero.

Pontos altos: Gostei do monstro de Frankenstein, o único personagem artificial pareceu-me o mais humano.

Pontos baixos: As noivas de drácula, Van Helsing, a estética roubada miseravelmente ao "Drácula de Bram Stoker", digitália exagerada. Um passo tão acelerado que adormece. Aposto que este filme feito segundo as normas do Dogma 95 nos pegaria mais ao ecran.

Veredicto: Puta que os pariu, haja respeito por estes personagens sagrados da mitologia xunga.

o Van Helsing, na minha opini?o é um filme muito bem conseguido pelo Sommers! n?o merecia ser t?o criticado! é uma análise subjectiva que temos que aceitar, mas o Van Helsing é um filme muito ? frente!

By Anonymous Anónimo, at 7:21 da tarde  

sexta-feira, maio 21, 2004

Cabin Fever (2002)

Cabin Fever (2002) Sinopse: Um grupo de jovens viaja para o interior para encontrar o mesmo destino de milhares de outros jovens que também já foram chacinados em filmes do género. Slash, cut, mangle, e por aí fora...

Crítica: Acabei de vir do dentista onde me foi arrancada uma raíz. Aquilo custou a tirar, pelo que me encontro cheio de dores. Na impossibilidade de esmagar a cabeça a alguém com uma pedra de decoração, vou dedicar-me a devastar este pequeno e simpático filme. Ora bem, comecemos.

A ideia de criar um filme deste género, remonta a 1901 (aproximadamente). Desde essa altura, são feitos aproximadamente 253 filmes destes por ano. Porquê enganar as pessoas com a esperança vã de que este vai ser diferente? Porque nos martirizamos a ver filmes que sabemos à partida cada pequeno detalhe. Todos os aficionados do género sabem como acaba, quem sobrevive, as sequencia das mortes. As mortes ocorrem sempre do personagem mais apagado para o que está mais em destaque. É assim, nunca muda. Nuuuunca.

Este belo desperdício de película tem no entanto algumas nuances diferentes. O que significa nuances mesmo? Continuando, este é estranho. Dentro do mesmo modelo monótono e tedioso, mas ligeiramente diferente. Digamos que está dividido em dois. A primeira parte (40 minutos exactamente) segue a onda normal. Interior dos EUA, aldeias com pessoas peculiares, um susto ou outro que afinal é apenas o gato, um sidekick que só diz piadas e não come gajas, um chefe de uma equipa de futebol, a chefe das Cheer leaders, um carro de grande cilindrada, enfim, o rol do costume. Nessa primeira parte, morre pouca gente. Aparece um caçador com uma estranha doença de pele e que é completamente ignorado e friamente dispensado pelos nossos heróis. O mais impressionante é que acaba por passar a mensagem de "não ajude estranhos. podem estar a morrer e a implorar ajuda de joelhos enquanto se envaiem em sangue, mas não ajudem estranhos". E pronto, estão a ver mais ou menos como funciona.

Depois então, a partir dos 40:01 minutos acontece uma coisa estranha. É como se o realizador tivesse dito "Ora bem, vamos cagar completamente no guião e vamos matar toda a gente num banho de sangue sem lógica, mas bastante violento e gráfico." E assim começa... Morre tudo e mais alguma coisa e da maneira mais atroz possível, até cães, imaginem! Pronto, e depois acaba.

Conclusão, é vazio de cinema e cheio de sangue e tripas, o que até é bom. Sim, porque imaginem que o realizador queria fazer disto uma obra prima para os Oscares... Isso sim era mau. Agora assim uma coisa despretensiosa e relaxada é porreira. É do tipo "mata mais aquele gajo ali", grita o realizador, "mas ele é o tipo do microfone", diz o assistente, "não interessa, achas que alguém nota? vá mata lá o gajo também".

Pontos altos
: Xunga de alto nível.

Pontos baixos: Xunga de alto nível.~

Veredicto: Deixem as namoradas e os amigos que vão ao cinema baseados nos Oscares e em Cannes em casa e vão curtir a matança.

NOTA EXTRA: A verdade é que este filme é uma metáfora em relação à sida e à sua propagação. Tenham isto em mente enquanto presenciam carnificina sem limites, fará de vocês melhores pessoas.


intechasia

By Blogger Hasan, at 1:31 da manhã  

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By Blogger Hasan, at 1:32 da manhã  

quinta-feira, maio 20, 2004

Top 5 atrasadinhos/doentinhos dos Oscares

É sabido que a Academia tem coração mole no que diz respeito a personagens com pouca sorte na vida. É uma fase que já passou, é certo, mas ocasionalmente lá vai um oscar de melhor actor ou actriz para um retardado, desgraçado, injustiçado ou doentinho. Mesmo que isso não se revele na verdadeira performance do actor, o certo é que arrancar lágrimas a alicate funciona com aqueles tipo. Fica aqui uma lista feita "assim de repente" com esses desgraçados todos que ganharam oscares.

1 - Daniel Day-Lewis - My Left Foot (1989)
2 - Marlee Matlin - Children of a Lesser God (1986)
3 - Tom Hanks - Forrest Gump (1994)
4 - Dustin Hoffman - Rain Man (1988)
5 - Tom Hanks - Philadelphia (1993)

Menção honrosa para Tom Hanks que conseguiu enganar a academia com lamechices dois anos seguidos, ainda que o seu Forrest Gump apenas tenha o nome em comum com o do livro.

quarta-feira, maio 19, 2004

Top 10 de filmes com porcos

1 - Snatch (2000)
2 - Spirited Away (2002) - A viagem de Chihiro
3 - Butcher Boy, The (1997)
4 - Muppets From Space (1999)
5 - Lord of the Flies (1963)
6 - Space Truckers (1996)
7 - Babe (1995)
8 - Mad Max Beyond Thunderdome (1985)
9 - Chona, la puerca asesina (1990)
10 - Espírito de Porco (1957)

:: Notas ::
- Prémio especial do juri xunga para Space Truckers, onde os porcos eram quadrados (mais cúbicos) para serem transportados em gigantescos camiões espaciais. O filme era tão mau que esqueci-me de tudo menos dos porcos...
- Chona, la puerca asesina é uma curta metragem que nunca encontrei (mas tentei). Ainda não vi, mas parece que é a história de uma porca que bebe um líquido radioactivo e entra numa onda de serial killer. O típico filme de animais que bebem líquido radioactivo...
- O número 10 da lista, Espírito de Porco, nunca vi nem sei o que é, mas como só me lembrei de 9 títulos e era um top 10, tive que procurar. Nunca se ouviu falar de um top 9, nĂŁo ĂŠ?

(EDIT 21-05-2004)
Gato Preto, Gato Branco (1998) - Um porco consome um automĂłvel duranto o filme.
Obrigado Afonso

Gothika (2003)

Gothika (2003) Sinopse: Uma psicóloga de sucesso acorda um dia presa no seu próprio asilo, suspeita de ter cometido o mais horrendo crime.

Crítica: Este é daqueles do género: apresentam uma situação interessante no início, um quebra cabeças, depois esperamos 80 minutos a encher chouriços e depois tem uma desculpa esfarrapada para um final. Desde "La Haine" que vejo todos os filmes de Mathieu Kassovitz na esperança que se liberte o brilhantismo que ele possui. Ele tem jeito, sabe que tem jeito, mas custa a sair. Costuma-se chamar a isto preguiça. Depois aparece Penelope Cruz num papel meramente decorativo, com 3 minutos de tempo de filme. Faz aquele típico papel de tresloucada, que diz coisas como "os extraterrestres roubaram-me um saco de salsichas", mas que no final ela é que a sabia toda e ninguém a ouviu... Tipo a senhora do tronco no Twin Peaks. Halle Berry exibe-se, como numa passagem de modelos, atraindo tansos Oscarmaniacos às salas. Podia ser outra gaja qualquer, mas não... Esta ganhou um oscar, ca**lho!

Filme de fantasmas, thriller psicológico paranormal, filme gótico apenas de nome, tudo serve para catalogar esta peça de xungaria tipicamente "quando o filme acabar, apago-o da memória". O drama é inteiramente fornecido pela música que nos controla a adrenalina artificialmente. Os sobressaltos acontecem quando todos os músicos da orquestra da banda sonora são instruídos para tocarem cada um uma nota diferente o mais alto possível. O trabalho de câmara é bom, como é característico em Kassovitz. O argumento vai fornecendo pequenas pista em desespero, para nos manter na sala, depois da grande promessa dos 10 minutos iniciais. Depois o twist final é do tipo queijo suiço. Qualquer corajoso que se lembre de rever o filme, vai apanhar pelo menos um plot hole a cada 10 minutos. Obviamente que este filme foi criado para ser visto apenas uma vez, até porque a oferta é muito e temos mais que fazer do que rever xungaria. Há sempre um mundo novo de xungaria à porta para ver.

É o chamado "filme de criar ambiente". Mas para isso podemos sempre colocar um pano vermelho sobre o candeeiro, como nos ensinou o mestre Woody Allen e poupamos uns trocos. Série A inspirado em série B para parecer série B. Resulta num série B de orçamento de série A. Provavelmente o orçamento disto serviria para pagar as produções de todos os Sexta Feira 13, Pesadelo em Elm Street, Re-animators, Piranhas Assassinas e todas as continuações dos Palhaços Sanguinários do Espaço (e talvez 485 episódios do espaço 1999).

Pontos altos: Trabalho de câmara, criação de ambientes (para nada). Lamentavelmente não entram anões nem póneis, o que é sempre um ponto alto em qualquer filme que se preze.

Ponto baixos tudo além da premissa inicia.

Veredicto: Esbajamento de dinheiro. (tanto na produção como no blihete)

terça-feira, maio 18, 2004

Gerry (2002)
Flash review

Gerry (2002) Sinopse: 2 gajos perdem-se...

Crítica: Extractos do filme: "Olha ali um calhau...", "Olha, vou subir àquele monte e vou-me perder deliberadamente." ou "Ficaste preso nesse calhau? Tens que saltar, mas não te podes magoar... Vou só ali procurar areia e perder 40 minutos de tempo útil de filme".

Senhor Gus Van Sant, havia justificação para este delírio? Depois de Elephant, quando comecei a olhá-lo com mais atenção, sai-me com este filme. Um magnífico slide show, fotografia de qualidade máxima, mas... Mas mais nada.

Pontos altos: Fotografia

Pontos baixos: ... o resto.

domingo, maio 16, 2004

The Dreamers (2004)

The Dreamers (2004) Sinopse: Dois irmãos franceses, amantes de cinema, convidam um jovem americano para passar uns dias lá em casa enquanto os pais vão para algures. Tendo como pano de fundo a revolução estudantil de Paris em 1968, este filme é um ode à experimentação e também uma prova de que não é preciso usar soutien para criar umas mamas torneadinhas e bojudas.

Crítica: Podem dizer coisas como "Uma homenagem emocionada ao cinema", "A revolução faz-se nas ruas ou é um processo individual" ou ainda "Uma aproximação à paisagem intelectual dos anos 60, sobre a liberdade suprema e blá blá blá...", mas na realidade os cinéfilos correram em grandes manadas aos cinemas com a premissa de sexo explícito e carne à fartazana. Quem não viu o seu pau a ser levantado involutariamente na cena de lésbicas do "Mulholland Drive" ou a desenfreada fodança que se espalhava como fogo selvagem em "Crash"? Bem, penso que ninguém poderá passar por cima deste aspecto em qualquer crítica que se faça. Também filmes como "Intimacy", "Os Idiotas", "Bound" ou "In the Cut" usaram esse hype sexual para arrastarem imprudentes cinéfilos às salas sob a capa do arty movie. Não estou a dizer que não aprove, porque acho que para retratar no cinema a existência humana, há que fazê-lo sob todos os aspectos, nem que isso inclua gajas a mudar o penso, pessoas a fazerem força no WC ou o sexo crú. Felizmente que isso já se vai fazendo mais actualmente.

Este filme acaba por ser um bocado xunga, porque nos dá a entender que a linha é a da libertação pessoal e amor ao cinema (à mistura com a tal revolução), mas na realidade é uma sucessão que quecas que traz ao mundo este corpo de deusa que é Eva Green. Também não vejo isto como um filme que fale sobre o incesto, porque este simplesmente não existe. Provavelmente seria útil uma vista de olhos a "Dead Ringers" de Cronenberg para perceber melhor este tipo de relação hiper-protector de irmãos.

A maneira como é retratada a sociedade francesa dos anos 60 é mais South Park do que propriamente histórica. Tudo fuma, é uma festa. Bernardo Bertolucci, com a sua costela de pedófilo adormecido, dá uma visão sexual ao filme que, confessemos, ofusca tudo em redor. Os actores na realidade não são grande merda, e sou capaz de jurar que ocasionalmente o vi a olhar por cima da câmara à espera de instruções. Ser cool não é tudo, Bernardo. Bem, eu bem que tento andar para aqui à procura de assunto, mas só me lembro mesmo do sexo. Resultou na perfeição esta estratégia. Para dar outra interpretação, experimentem visualizar na vossa cabeça este filme com as cenas "quentes" cortadas. O que se vê? Uma imensa seca de 45 minutos que chega mesmo a suplantar a seca estática que foi "Gerry" de Van Sant. Por falar em Gerry, um dia destes tenho que falar aqui dos 37 minutos que vi desse filme.

Pontos altos: Eva Green, porn star!

Pontos baixos: *** Spoiler*** Confesso que a cena do sangue depois do sexo tirou a excitação toda. É monótono, esteriotipado, mal representado, clautrofóbico e irreal.

Veredicto: Xunga por xunga, prefiro o Freedy Krueger





Visitor Q (2001)

Visitor Q Sinopse: Preparem-se que vão gostar deste... Tudo começa com um tipo nervoso que se prepara para ir para a cama com uma miúda (novinha). É tudo filmado com uma câmara amadora num ambiente quase "amateur porn". Depois de algum tempo percebe-se que o homem é pai da miúda. É um antigo apresentador de um programa de reportagens de choque que pretende voltar ao activo com uma reportagem dele a comer a própria filha. Depois, quando sai do quarto é atingido na cabeça por uma grande pedra. A caminho de casa, depois de regressar do hospital é novamente atingido na cabeça por uma pedra ainda maior. Num ambiente surreal, o tipo que lhe racha a cabeça acaba por ser convidado para casa da vítima onde convive como uma visita de honra (visitor q). Depois é uma sequência deste género: o filho bate na mãe de uma maneira bem violenta. Esse mesmo filho apanha porrada todos os dias dos amigos da escola. A mãe droga-se com heroína. O prazer sexual da mãe é esguichar leite das suas proprias mamas. O pai quer fazer uma reportagem do próprio filho a apanhar dos amigos e acaba por matar a sua assistente de produção no processo. Depois tem sexo com essa assistente morta e fica com o penis entalado dentro dela, por consequencia do rigor mortis. O pai e a mãe matam os inimigos do filho a golpes de chave de fendas e motoserra. Ah, e tem um final feliz... Esqueci-me de uma coisa. A razão pela qual ele foi despedido do programa de TV foi um programa em directo no qual os entrevistados lhe enfiaram um microfone no cu... É japonês, só podia. Não parece fazer sentido, pois não? Também achei o mesmo.

Crítica: Que os japoneses são dados a taras estranhas, já todos sabemos. Basta ver o hentai ou o famoso japanese Bukake (não me perguntem o que é isto, usem o google). O mais impressionante neste filme, é que começa como um quase reality movie e acaba numa comédia surreal. E olhem que não tem passagens bruscas. É smooth.

O realizador, Takashi Miike, é famoso por fazer este tipo de filmes choque. Não conhecia, mas também não pretendo ver mais nenhum. Na questão da representação, continuo com sérias dificuldades em avaliar a performance de actores japoneses. E acreditem que já vi bastantes filmes nipónicos. Talvez haja uma falta de identificação qualquer com a cultura, o certo é que me parece tudo forçado. Depois há a qualidade de imagem. Não sei se será do sistema de conversão filme/DVD, ou do sistema estranho de TV deles, mas parecem-me sempre de um azul desbotado. A trabalho de câmara é horrendo, numa tentativa de imitar o estilo "acção real com camara na mão". A fotografia... Bem a fotografia é uma merda. Basicamente é uma sucessão de situações absolutamente ridículas que penso ser com a intenção de chocar. Não sei...

A classificação da MPAA é "Rated R for strong aberrant sexual and violent content, language and drug use", o que o pode tornar interessante ao incauto cinéfilo que está numa fase de "cinematografias alternativas. Todos sabemos que a MPAA é gerida por Neo-conservadores Busheanos que penalizam mais que alguns centimetros quadrados de pele, mas aqui penso que se aplica.

Pontos altos: É estupidamente imprevisível. Acaba por ser mais interessante do que ver as telenovelas da TVI. É curto...

Pontos baixos: Qualquer um de vocês não aguentaria mais do que 0,5 segundos num processo de zapping. É tudo mau, mas daquele mau que até é interessante de tão mau.

Veredicto: Penalizar as importações japonesas com a duplicação dos impostos alfandegários...

sábado, maio 15, 2004

Aguentem-se amiguinhos...

Amanhã vou ver o Starship Troopers 2... Sim, o 2. Parece que este filme é tão mau que nem sequer teve edição própria em DVD. É um extra do Starship Troopers - The Animated Series. É assim. Mau.

Freaky Friday (2003)

Freaky Friday (2003) Sinopse: Uma mãe trabalhadora e séria muda de corpo com a filha, rebelde e dada a piercings. A mãe, prestes a casar com um tipo que tem uma espiga de milho enfiada no cu todo o dia, não aprova a banda de música e o namorado da filha. A troca de corpo serve para as duas se compreenderem melhor. Já devem ter visto algo parecido na SIC no dia de Natal.

Crítica: Perguntam vocês: "Mas tu só vês filmes de merda?". Eu respondo: "Não, eu vejo todo o tipo de filmes. Tenho os meus gostos, que não revelo aqui. Ocasionalmente, quando se junta um grupo, para haver acordo, o pessoal acaba sempre por alinhar a qualidade por baixo e aí é que são vistos os tais filmes de merda." Vamos então à crítica.

A história é banal e já toda a gente viu uma versão disto em qualquer lado. Existe até uma série de TV em que esta situação aconteceu entre um cão e um puto, imaginem! Como dá ao domingo de manhã, só vejo quando estou de directa. Jamie Lee Curtis será sempre Wanda, por mais filmes que faça. Uma situação chata de typecasting. Este filme dá-lhe um aspecto mais sério e familiar que não ajuda nada. Não imagino a Wanda assim.

Um filme que tem críticas como "Lot Of Fun! Entertaining And Comical, The Perfect Family Movie!" e é produzido pela Disney só pode ser mau. E penso que não estou sozinho nisto. Normalmente envolvem animais que falam ou continuações manhosas directas para video de grandes clássicos.

A situação é sempre a mesma. As pessoas trocam de corpo numa qualquer situação ridiculo/sombria que envolve um misticismo exótico (oriental neste caso). Para reverter a situação é preciso que as pessoas se sintam confortáveis no novo corpo, o que nunca é fácil, como podem imaginar. No início ambos entram em pânico, mas vão-se acomodando ao corpo com relativa facilidade, até porque existe sempre uma situação no final em que não daria jeito nenhum se os corpos estivessem trocados. Neste caso é um casamento. Os actores andam em piloto automático, um ou dois sidekicks espalham piadas "familiares" e a realização é feita pelos produtores, existindo um realizador porque os bonés já estavam encomendados com o nome "director" e era chato não serem usados. Como em todos os filmes da Disney, tem pelo menos um cão que é extremamente inteligente e tapa os olhos quando alguém faz trapalhada. Hehe, que giro! [inserir ironia e sarcasmo aqui]

Depois há sempre alguém que aparece quando o filme já roda há 20 minutos e tem que se recomeçar. [dor] Depois há sempre pessoas que se riem novamente da mesma piada ridícula que normalmente é protagonizada pelo cão ou um macaco. [agonia] Acho que acabo a crítica por aqui, que já me estou a sentir estranho só de me lembrar.

Pontos altos: Jamie Lee Curtis mostra alguma pele. Ainda está "utilizável"

Pontos baixos: É preciso dizer mais?!!?...

Veredicto: Tenebroso... Mais assustador do que um filme de terror.

PS: Provavelmente alguém poderá ter reparado que os pontos altos têm sempre a ver com nudez, sexo ou mortes sanguinárias. Têm razão... É que nestes filmes por vezes é mesmo a única coisa boa que se pode ver. É o meu espírito optimista a falar. E pronto, não se fala mais nisso...

Shredder (2003)

Shredder (2003) Sinopse: Um grupo de teenagers viaja para uma cabana abandonada numa zona de neve para fazer snowboard. Depois... Ah, já sabem o estilo? Ok. Só quero acrescentar que este tem como pano de fundo um colónia de ski abandonada (claro), uma zona sem contactos com o mundo civilizado e é focado na guerra que existe entre Skiers e Snowboarders. O costume...

Crítica: Este cinema xunga (blog), mais do que desancar sem piedade em filmes de qualidade duvidosa, tem também uma vertente educativa. Uma espécie de escola do xunga para ajudar à compreensão do fenómeno tão adorado pelo maralhal. Senão porque haveriam de encher as sessões do Fantasporto. O pessoal gosta de banhadas. Gosta de se rir de coisas que inicialmente não eram supostas ser cómicas. Vou dar um exemplo. Quem nunca viu cinema xunga, nunca poderá compreender em toda a sua complexidade (hehe) o último de Tarantino. Um ode ao xunga. Só quem assistiu já algumas vezes aos filmes de bordoada de Hong Kong se consegue rir dos exagerados zooms na cena de Pai Mei ou dos desfocados acidentais... Adiante.

Este filme tem o habitual "template" dos slasher movies em que adolescentes vão para qualquer lado para serem chacinados. O ritmo das mortes vai aumentando. O primeiro morre para aí aos 40 minutos, depois outro passados 15 minutos, depois 5 minutos, depois passados 3, depois morrem dois de uma vez, depois morrem todos estupidamente e no fim fica o casal. O primeiro custa sempre a morrer e depois vão amolecendo e os últimos parecem manteiga. Há sempre um assassino, mas desde o Scream às vezes aparecem dois. O realizador (?) tenta sempre meter um twist final que tem dois efeitos possíveis: ou transforma o argumento num queijo suiço ou então é completamente irreal e ridículo, tipo "o assassino é um estraterrestre mutante que foi possuido pelo diabo, abusado sexualmente em criança e desfigurado por ácido ou um moto-serra". Normalmente têm entre 79 e 83 minutos, com os créditos finais bem longos.

Outra coisa típica destes filme são as teenegers com grandes mamas. Há sempre uma cena de mamas e uma cena de sexo foleira. Se aparecer logo no início montes de nudez e sexo, esqueçam... O filme vai ser uma merda. Se forem pessoas sérias é capaz de se atirar para um banho de sangue porreiro. Agora vamos ao filme propriamente dito:

... tem logo no início montes de mamas e sexo. Got it? Merda seca no que diz respeito ao terror propriamente dito. Eu nem sequer sabia que existiam guerras acessas entre gajos do ski e gajos do snowboard. Mas aprendi esse ensinamento que me acompanhará para o resto da vida. Pode um dia ser preciso no "Quem quer Ser Milionário" ou se a minha vida depender de um qualquer questionário ridículo. Mais coisas do filme... As cenas de mortes são todas no escuro e tem umas sequências tipo "Portugal Radical" a atirar para o foleiro.

Pontos Altos: As garotas que abanam por ali com o rabo ao léu. Nem sequer me lembro da música, porque acelerei aquilo a 2x para acabar mais depressa.

Pontos Baixos: Bem, na realidade, quase tudo. Os actores destes filmes costumam ser daqueles que têm apenas no currículo aparições de 3 minutos em sitcoms obscuros que só passam às 3 da manhã numa estação local do Utah.

Veredicto: É xunga, amigos, xungão!

sexta-feira, maio 14, 2004

Something's Gotta Give (2003)

Something's Gotta Give (2003) Sinopse: Um velho que come miúdas de vinte e poucos anos é confrontado com uma velha que já não come nada há muito tempo. Vai daí, desatinos e arrufos pelo meio, apaixonam-se. Depois é uma hora até ao fim à espera que eles realmente se entendam, porque o velho não está habituado a namoros de longa data, ainda por cima com uma velha. A velha também não tem muito bom feitio, até porque longos anos de secura a transformaram numa chupadora profissional de limões.

Crítica: Em primeiro lugar deixem-me dar a desculpa clássica: Porque é que vi este filme? Não sei... Estava lá em casa e comecei a ver para comprovar se as legendas estavam sincronizadas e acabei por ficar. Uma valente dor de costas não me deixou levantar e uma leve dormência provocada por forças ocultas que me atormentam há anos fez-me ficar no sofá a vegetar e a consumir aquela merda. Depois há um elemento neste filme que faz o faz entrar directamente na categoria xunga: Keanu Reeves. É, o tijolo emocional também entra nesta amálgama de banalidades. Mas julgo que ele e aquela gaja boa que aparece lá em cuecas servem apenas para o rapaziada nova não torcer o nariz. Uma gaja boa em cuecas dá sempre um certo alívio a qualquer sofrimento.

Depois temos o casalinho. O Jackus Nicholsonsaurus e a Diane Keaton, que já foram uvas que deram vinho ou chão que deu uvas ou isso... Bem, a argumento não passa de uma desculpa falhada para colocar aqueles dois às turras. Alguém pensou que ficaria bem uma comédia romântica com o casalinho maravilha e depois foi só colocar banha de porco em volta para chegar às duas horas. Sim amigos, duas horas... A relação entre os dois desenvolve-se ao solavancos em que numa altura parece que ainda faltam 50 anos para eles se entenderem e na próxima cena parecem andar ali todos melosos. Depois o Keanu anda ali a tentar engatar a velha, numa performance que teria sido melhor feita pelo Rex, o cão polícia. Enfim, mau muito mau.

Pontos altos: Hã? Só se for a gaja das cuecas...

Pontos baixos: Duas horas perdidas, lamechice de balde e alguidar, politicamente correcto. Um filme para mostrar aos sogros enquanto se come a filha no quarto no andar de cima.

Veredicto: Prisão perpétua para Diane Keaton e Jack Nicholson, sem possibilidade de recurso ou caução...

Renascimento do Cinema Xunga

Num apelo à comunidade e por sugestão do meu psicólogo, decidi voltar com mais uma dose de cinema xunga. Chamemos-lhe um "sequela", como dizem os americanos. Espero que gostem...